
A desidratação é a falta de água no corpo, que pode ser leve, moderada ou severa, causando sintomas diversos, como sede, urinar pouco e, em casos mais graves, confusão e tonturas.
É possível uma pessoa ficar desidratada quando sofre de queimaduras, vómitos, diarreia, insuficiência renal, transpiração excessiva ou pelo uso de diuréticos, por exemplo.
Tratar a desidratação com reposição de água e de sais minerais é essencial para a recuperação. Esta reposição pode ser feita pela ingestão de líquidos ou, em alguns casos, pela administração intravenosa de soluções adequadas para o efeito.
O que é desidratação?
A desidratação nada mais é do que a falta de água no corpo. Estamos perante um quadro de desidratação quando o corpo não ingere tanta água quanto a que gasta. Por isso, algumas condições podem originar ou agravar o problema, como:
Diarreia;
Vómitos;
Uso de diuréticos;
Insuficiência renal;
Sudorese profusa (transpiração excessiva, como acontece em alturas de grande calor);
Diabetes;
Doença de Addison;
Deficiência de arginina vasopressina.
A desidratação é mais comum em adultos mais velhos, pois a sensação de sede pode não ser ajustada às necessidades. É por essa razão que alguns idosos não percebem que estão desidratados. Também, idosos com demência ou outras doenças mentais e com limitação de mobilidade acabam por estar mais suscetíveis.
Bebés e crianças também sofrem mais de desidratação, pois, em quadros de vómitos e diarreia, o volume de líquidos perdidos representa uma proporção maior do que em jovens e adultos.
Sinais e sintomas nos diferentes tipos de desidratação
A sede é um dos primeiros sinais de desidratação. Quando a água não é reposta, o corpo passa a expelir menos suor e urina. Nesta altura, a corrente sanguínea vai “buscar” água ao interior das células, de forma que se mantenha o volume sanguíneo e a pressão arterial.
Se os líquidos não são repostos, as células começam a encolher, os tecidos do corpo secam e o organismo deixa de funcionar adequadamente.
Assim, em casos de desidratação leve e moderada, encontramos sintomas como:
Sede;
Boca seca;
Dor de cabeça;
Menor produção de suor;
Menor produção de urina (e de cor muito escura);
Menos elasticidade na pele;
Perda de apetite;
Náuseas;
Fadiga crónica;
Prisão de ventre;
Infeção urinária;
Colesterol alto;
Dores musculares;
Cãibras;
Perda de equilíbrio.
Em casos de desidratação grave, temos sintomas como:
Queda de pressão arterial;
Menos sensação de sede;
Sensação de desmaio (ou desmaio);
Confusão.
Consequências da desidratação
A desidratação grave, quando não tratada, pode levar a transtornos cardiovasculares, reumatismo, choque e danos graves nos órgãos internos, especialmente nos rins, fígado e cérebro (as células cerebrais são das mais suscetíveis em casos de desidratação), coma e morte.
Por isso, é fundamental que, apresentando sintomas de desidratação, procure um médico.
Doenças causadas por desidratação
Além de todas as consequências demonstradas anteriormente, a desidratação pode causar doenças, como:
Hipernatremia (níveis de ião sódio no sangue elevados);
Choque hipovolémico (baixo volume sanguíneo);
Cálculos renais ou doença renal crónica (especialmente quando estamos perante uma desidratação crónica);
Obesidade;
Doenças digestivas (como úlceras);
Hipertensão;
Enfarte do miocárdio;
Doença metabólica.
Tratamento da desidratação
O tratamento da desidratação passa pela reposição de líquidos e eletrólitos (sais minerais). Em casos leves, beber bastante água é, na maior parte das vezes, suficiente.
Em casos moderados e graves, além da reposição de líquidos, é importante recuperar os eletrólitos (sódio e potássio, especialmente), através de soluções de reidratação oral ou intravenosa.
Como prevenir?
A prevenção é sempre a melhor escolha. A forma mais eficaz de prevenir a desidratação é mantendo o seu corpo hidratado.
Embora a quantidade de água que devemos ingerir varie de pessoa para pessoa, saiba que os valores variam entre 30 e 50 ml de água por cada kg de peso corporal (quanto maior for a sua massa muscular, maior a quantidade de água necessária por kg de peso corporal).
Esta regra é inválida para pessoas que, segundo indicação médica, têm de controlar a ingestão de água.